Uma proposta aprovada no Congresso Nacional, no valor aproximado de R$ 3 bilhões, pretende recompor o orçamento do Programa Farmácia Popular do Brasil para o ano de 2023. A equipe de transição cogita “resgatar” o programa como uma meta de prioridade emergencial para os 100 primeiros dias de governo.
Um estudo realizado pela Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA), em parceria com o Centro de Regulação e Democracia do Instituto de Ensino e Pesquisa (INSPER), identificou as principais defasagens do programa e medidas que podem auxiliar na sua implementação inicial.
Conforme o estudo realizado, hoje estão cadastradas pouco mais de 30 mil farmácias conveniadas ao programa, o que corresponde cerca de 34% do total no Brasil. Assim, defende-se a necessidade de ampliação no cadastramento das unidades, em especial nas regiões Norte e Nordeste, a fim de garantir uma igualdade no atendimento dos medicamentos em favor as famílias de baixa renda. Outro apontamento corresponde na ampliação dos medicamentos ofertados pelo programa, a fim de garantir um melhor atendimento para a população.
Em nota ao GLOBO, o Ministério da Saúde afirma que a nova gestão tem “como prioridade a reconstrução de políticas públicas fundamentais para a saúde da população brasileira, como o programa Farmácia Popular, que estava sob ameaça”. Segundo a pasta, o PFPB será “fortalecido e aperfeiçoado”. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, a ministra Nísia Trindade afirmou que as principais estratégias são a ampliação dos medicamentos ofertados e o reforço da rede conveniada.